Dono de rápida e conturbada passagem pelo Flamengo na última temporada, o técnico argentino Jorge Sampaoli, de 65 anos, permanece livre no mercado desde a saída do Rennes, da França, no fim de janeiro. Em entrevista ao portal ‘ge.globo’, o ex-Flamengo revelou bastidores da polêmica agressão de seu auxiliar ao atacante Pedro.
Segundo Sampaoli, ele pediu para deixar o clube depois do episódio do soco do preparador físico Pablo Fernandéz no camisa 9, mas não obteve a do anuência do então presidente Rodolfo Landim. Na visão do treinador, o elenco perdeu a confiança em seu trabalho naquele momento e o clima dentro do clube jamais foi o mesmo.
“Ali terminou tudo. A gente vinha de 10 partidas sem derrotas. a equipe vinha crescendo. Ganhamos do Atlético em Belo Horizonte, que para o Flamengo sempre foi muito difícil. Eu acho que esse conflito entre Pedro e Pablo foi algo assim… Inclusive, eu queria sair, porque foi um fato que mudou a história”, disse Sampaoli.
O técnico ainda completou: “Então era como ficar… Inclusive eu expus isso ao presidente, que disse que “não, não”… Mas não era a mesma coisa. Não era porque foi algo que nos gerou um antes e depois. O que aconteceu já aconteceu muitas vezes. Mas se deu uma dimensão extremamente midiática e popular que era insustentável”.
A impressão de Sampaoli do antes e depois se traduz em números. Antes da agressão, o Flamengo tinha aproveitamento de 68%. Depois, o técnico durou apenas mais 12 jogos, com quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas, caindo para 44% de aproveitamento.
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